terça-feira, 1 de setembro de 2009

Afinidade…

Não é o mais brilhante, mas é o mais sútil, delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência, os adiantamentos, a distância, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto de onde foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediante a vida.
É a vitória do subjetivo sobre o objetivo, do permanente sobre o passageiro.

Ter afinidade é muito raro, mas quando ela existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece até depois que as pessoas deixam de estar juntas.

Afinidade é ficar, ainda que longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem e sensibilizam.

Afinidade é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com…
Nem sentir contra, nem sentir para…
Sentir com e não ter necessidade de explicação do que está sentindo.
É olhar e perceber.

Afinidade é um sentimento singular, discreto e independente.
Pode existir a quilômetros de distância, mas é percebido na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar, de sorrir…

Afinidade é retomar a relação no tempo em que parou.
Porque o tempo e a separação nunca existiram.
Foi apenas a oportunidade dada pelo tempo para que a maturação pudesse ocorrer e que cada pessoa pudesse crescer cada vez mais.

3 comentários:

Alberto Leite disse...

simplesmente maravilhoso

Cadê o Expedito!? disse...

Gi, perfeito!
Me atormenta estar longe do César, mas me tranquiliza nossa afinidade a cada reemcontro...
Estou aki de dedinhos cruzados por vc, viu!? Ouça seu coração.
Beijocas

Cadê o Expedito!? disse...

Gi!
Que burra sua amiga aki! rsrsrs
Só pra corrigir:
Gente, eu sei que reeNcontro é com N!!!!

Beijinhos